A chegada de um bebê é acompanhada de descobertas, afetos intensos e também de inseguranças. Em meio a tantas novidades, pequenos recursos podem fazer toda a diferença no bem-estar do bebê e na tranquilidade da família. Um desses aliados é a naninha, também conhecida como objeto de transição.
Mais do que um simples paninho ou bichinho de tecido, a naninha carrega um papel fundamental no desenvolvimento emocional da criança. O pediatra e psicanalista Donald Winnicott foi quem primeiro descreveu esse conceito, mostrando que o objeto de transição ajuda o bebê a lidar com a separação natural da mãe, oferecendo conforto, acolhimento e segurança.
Um abraço em forma de tecido
O cheiro familiar e a maciez da naninha fazem dela uma extensão do colo da mãe. Para o bebê, tê-la por perto é como sentir o aconchego e a presença de quem mais ama, mesmo quando a mãe não está no mesmo ambiente. Isso traz calma, diminui a ansiedade de separação e ajuda a enfrentar momentos de estresse, como uma ida à creche, uma consulta médica ou até mesmo a hora de dormir.
Segurança emocional e autonomia
Com o tempo, o bebê aprende a usar a naninha como apoio para se acalmar sozinho. Esse processo fortalece a autonomia emocional, estimula a confiança em si mesmo e ensina que é possível lidar com pequenas frustrações de forma segura. Aos poucos, a criança desenvolve recursos internos para se tranquilizar sem depender exclusivamente da presença dos pais.
Um aliado para o sono e para a rotina
A naninha também pode ser uma grande aliada na hora de dormir. Sua presença ajuda a criar um ritual de descanso, sinalizando para o bebê que chegou o momento de relaxar. Essa associação favorece um sono mais tranquilo e consistente, contribuindo para uma rotina saudável e para noites mais serenas.
Estímulos que fazem diferença
Além do conforto emocional, muitas naninhas são confeccionadas com diferentes tecidos, etiquetas e bordados. Esses detalhes estimulam o tato, favorecendo o desenvolvimento sensorial e a coordenação motora fina, já que o bebê toca, experimenta e explora o objeto de diferentes maneiras.
Um processo natural de desapego
É importante saber que a ligação com a naninha é saudável e temporária. Conforme cresce e amplia suas experiências — como na entrada na escola ou em novos vínculos sociais — a criança naturalmente vai se desapegando, sem necessidade de pressa ou imposições. Esse processo acontece de forma gradual e respeitosa, acompanhando a maturidade emocional de cada um.
Cuidados importantes
Para que a experiência seja segura, alguns cuidados são essenciais:
Prefira tecidos macios, hipoalergênicos e fáceis de higienizar;
Lave regularmente com sabão neutro e evite perfumes ou amaciantes;
Evite oferecer a naninha solta no berço de recém-nascidos menores de 6 meses, prevenindo riscos;
Substitua o objeto caso apresente rasgos, fios soltos ou sinais de desgaste.
Um gesto simples que acolhe
A naninha é, acima de tudo, um símbolo de acolhimento. Ela representa segurança, amor e vínculo, traduzindo em um simples objeto o calor do colo materno. Ao oferecer esse recurso, os pais ajudam o bebê a se sentir protegido, amparado e pronto para crescer com mais confiança e tranquilidade.
